CLIMA
Para entendermos o significado de clima, é importante
sabermos distingui-lo de tempo atmosférico. O tempo corresponde a um estado
momentâneo na atmosfera em um determinado lugar. Já o clima envolve estudos
relacionados ao tempo em uma escala maior, para caracterizar-se um tipo
específico de clima é necessário estudar o tempo de um determinado espaço
geográfico em um período de no mínimo 30 anos. Sabe-se a partir disso que cada
local ou região apresenta um clima característico, porque os fatores climáticos
clima de cada região são distintos.
Os diversos tipos de clima são caracterizados pelos fatores climáticos, e são eles:
· Latitude: É
o principal fator de diferenciação das zonas climáticas - polar, temperada e
tropical. De forma geral, quanto maior a latitude, ou seja, quanto mais nos
afastamos do Equador, em direção aos polos, menores são as temperaturas médias
anuais. Isso ocorre por que o globo terrestre está inclinado, fazendo assim que
a incidência solar não seja homogenia em todo o globo.
· Altitude: Quando
maio a altitude, menor a temperatura média do ar. Logo, em localidades de mesma
latitude, porém em altitudes diferentes, apresentaram clima diferente. Por
exemplo, a região de Curitiba em relação ao litoral paranaense possui uma
altitude maior, logo a sua temperatura média é menor, e no litoral a
temperatura é maior em relação a capital.
· Albedo: A
temperatura também pode variar de acordo com o seu índice de reflexão - o
albedo - de um superfície varia de acordo com a sua cor. A cor por sua vez,
depende de uma série de fatores químicos e físicos. A neve, por exemplo reflete
até 90% dos raios solares, enquanto as florestas como a Floresta Amazônica,
reflete apenas 15%. Quanto menor o albedo, maior a absorção de raios solares,
maior o aquecimento e , consequentemente, maior a irradiação de calor.
· Massas de ar: São
grandes porções e atmosfera que podem se estender por milhares de quilômetros.
Formam-se quando o ar permanece sobre uma superfície homogenia. Comunalmente
falamos sobre massas de ar quente e frio, porém as massas de ar são nomeadas e
caracterizadas da seguinte forma: as oceânicas são úmidas e as continentais,
secas; as tropicais e equatoriais são quentes, e as temperadas e polares são
frias. À medida que se desloca, vão se descaracterizando pela interação com
outras massas, com as quais trocam calor e/ou umidade, promovendo diversos
fenômenos, a exemplo das chuvas.
· Continentalidade e maritimidade: Está relacionado a proximidade de grandes massas de
água, que não só interfere na umidade relativa do ar, mas também na
temperatura. Em áreas que sofrem influência de continentalidade, há maior variação
de temperatura ao longo do dia, ou mesmo de um estação, do que em áreas que
sofrem influência da maritimidade. Em regiões litorâneas a variação de
temperaturas ao decorrer do dia é menor do que no interior do continente.
· Correntes marítimas:
Causa grande influência no clima, porque alteram a temperatura atmosférica, são
extensas porções de água que diferenciam-se das águas do entorno do continente
em temperatura, salinidade e direção.
· Vegetação:
Quando pensamos nos fatores orgânicos, não temos a ideia da influência que a
vegetação exerce no clima. O que não se sabe é que a cobertura vegetal
interfere diretamente na absorção e irradiação de calor, além da umidade do ar.
· Relevo:
Está associado diretamente com os fatores climáticos altitude e massas de ar, o
relevo influência na temperatura e umidade, ao facilitar ou dificultar a
circulação das massas de ar.
Os fatores climáticos citados a cima estão ligados
diretamente e contribuem para a caracterização dos diversos tipos de clima
existente, esses climas sofrem em comum ações de alguns elementos ou atributos do clima. São esses elementos: temperatura,
umidade e pressão atmosférica.
·
A temperatura: é
a intensidade de calor existente na atmosfera.
· A umidade: é
a quantidade de vapor de água presente na atmosfera num determinado momento.
· A pressão atmosférica:
é a medida da força exercida pelo peso do ar contra uma área.
Para compreendermos a relação entre esses elementos,
basta olhar a sua influência no nosso dia-dia. Por exemplo é o caso das chuvas.
Quando a umidade relativa do ar atinge o seu ponto de
saturação, ou seja, quando o limite de umidade comportado pelo ar chega a 100%
, há uma grande possibilidade de precipitação, para isso acontecer, o vapor de
água precisa se condensar, isso acontece com a queda da temperatura. Em
contrapartida, quando umidade e temperatura não promovem as condições
favoráveis para a precipitação, dificilmente choverá.
Para entendermos o processo de condensação do vapor de água
o que ocasiona as chuva, precisamos entender o atributo pressão atmosférica.
Quando a temperatura diminui, maior o número de moléculas por metro cúbico de
ar, maior o peso e maior a pressão atmosférica, causando a precipitação(chuva),
ao contrário quanto maior a temperatura, menor é o número de moléculas em cada
metro cúbico de ar e menor se torna seu peso; portanto, menor a pressão
atmosférica.
Como visto anteriormente os elementos do clima contribuem
diretamente para a formação de chuvas. Os três
principais tipos de chuvas são: chuva frontal, chuva de relevo e chuva de
convecção ou de verão.
· Chuva frontal:
Ocorre nas zonas de contato entre duas massas de ar, uma quente e outra fria,
ocorre a condensação do vapor e a precipitação da água, pode se ver uma grande
relação entre a convergência das massas de ar.
· Chuva de relevo:
Sofre influência diretamente da altitude, barreiras de relevo levam as massas
de ar a atingir grandes altitudes, o que causa queda de temperatura,
condensação de vapor e precipitação, esse tipo de chuva costuma ser localizada,
intermitente e fina.
· Chuva de convecção ou de verão: com a temperatura elevada na superfície o ar fica menos
denso, e sobe para altitudes mais elevadas , a temperatura diminui, o vapor
condensa em gotículas em suspensão. O ar fia mais denso e desse frio e seco
para a superfície iniciando novamente o ciclo convectivo. Geralmente ocorre
pancadas de chuva ao fim da tarde, quando as nuvens carregadas chegam a atingir
10 km de altura, provocando chuvas torrenciais rápidas e localizadas.
Pode se observar que nesses fenômenos, gerados a partir
da combinação de elementos do clima, há sempre uma relação muito direta entre
eles, que caracterizam ou contribuem para a caracterização de um clima
específico, assumindo comportamentos diferentes de acordo com os fatores
climáticos.
Fenômenos climáticos
O nosso planeta vem sofrendo mudanças climáticas há muito
tempo, fenômenos naturais que ocorreram em escala maior de tempo, basta lembrar
que há 4,6 bilhões a Terra era uma bola incandescente que oi se resfriando.
Recentemente foram detectadas alterações climáticas, em escala menor de tempo
que tem alterado o processo natural do nosso planeta, a maioria desses
fenômenos como as ilhas de calor e as chuvas ácidas, são agravados pelo
lançamento de gases e partículas poluidoras na atmosfera e pela exploração
inadequada dos recursos naturais.
Veja alguns fenômenos:
· Inversão térmica: Trata-se
de um fenômeno em escala local, e acontece particularmente nos meses de
inverno, em regiões de baixa latitude, ou locais que retém muito calor durante
o dia e perde muito rápido durante a noite, como centros urbanos, áreas que
apresentam grandes áreas construídas, desmatada e impermeabilizada por cimento
e asfalto. É habitual que as massas de ar frio se localizem em altas altitudes
e massas de calor concentrem em baixas altitudes, na inversão térmica, como o
próprio nome já diz isso ocorre inversamente. Durante a inversão térmica a
perda de calor no solo e no ar chega a seu pico, dificultando a elevação da
temperatura, isso ocorre por algumas horas, geralmente no final da madrugada,
quando isso ocorre o ar frio fica aprisionado em baixas altitudes, enquanto ao
nascer do sol as massas de as quente ficam em altas altitudes, até um certo
período da manhã. No meio urbano isso vem acompanhado de um problema extra: com
a concentração das massas de ar frio em baixas altitudes, o que dificulta a sua
dispersão, ocorre também a concentração de toneladas de poluentes gerados por
fontes dos centros urbano-industriais.
· O efeito estufa: O
feito estufa é um processo natural de retenção de calor e essencial para o
equilíbrio do nosso planeta, pois faz com que haja a retenção de calor
irradiado pela superfície terrestre e pelas partículas de água em suspensão na
atmosfera evitando que isso se perca no meio externo. O problema não está no
efeito estufa, mas sim na intensificação de emissão de gases poluentes na
atmosfera, como o metano, clorofluorcarbonetos, dióxido de carbono que faz com
que se retenha mais calor do que deveria em seu estado natural. O aumento da
temperatura poderia agravar o derretimento de gelo, das calotas polares, topo
das montanhas, etc. O que resultaria em uma possível elevação de 20cm, em
média, o nível dos oceanos.
· Ilhas de calor:
Este é um fenômeno antrópico, ou seja, produzido pelo homem. Resulta na
elevação de temperatura em centros urbanos, as diferenças com as áreas rurais
podem chegar a 7°C, isso ocorre devido a diferença de irradiação e retenção de
calor dos elementos presentes no campo e na cidade. Enquanto no campo verde ou
seco a capacidade de reflexão de luz solar incidente varia de 20% a 30% no
asfalto isso não passa de 5%, logo regiões mais urbanizadas tem capacidade de
retenção de calor maior. A formação de ilhas de calor facilita a ascensão do
ar, formando uma zona de baixa pressão. Isso faz com que os ventos soprem, pelo
menos durante o dia, para a área central, trazendo muita das vezes maiores
quantidade de poluentes, isso faz com que se forme uma "cúpula" de ar
pesadamente poluído nos centros urbanos.
· As chuvas ácidas: A chuva ácida também é decorrente da poluição. As chuvas corriqueiras
são ligeiramente ácidas por ocorrer a reação da água e o C02 formando
o ácido carbônico (H2CO3), que é um ácido fraco e não é
tão prejudicial para a nossa saúde e meio ambiente. As chuvas são mesmo
consideradas ácidas, quando ocorre a reação de água com o dióxido e nitrogênio
(NO2) e trióxido de enxofre (SO3) - esses gases poluentes
são provenientes da queima de combustíveis fósseis. Além de causar corrosão de
metais, de pinturas e de monumentos históricos, as chuvas ácidas provocam uma
série de problemas ambientais como a acidificação de lagos, tornando a água
inapropriada para a subsistência do ecossistema aquático. As chuvas ácidas são
geralmente localizadas, porém provocam impactos, muitas vezes, a centenas de
quilômetros das fontes poluidoras.
Por: Rafael Vinicius da Silva
Equipe Revisando o Conteúdo